A nós, mulheres, um espaço para compartilhar momentos, sensações, ideais, paixões, e tudo o que há de melhor em nossa vida... Aos homens, uma forma de nos conhecer melhor... (Em substituição ao blog Mulheres 3.0 Plus)
sábado, 17 de janeiro de 2009
Todos acham que eu falo demais... e que ando bebendo demais...
Ela nasceu Maysa Figueira Monjardim, ou simplesmente Maysa, em São Paulo, no dia 6 de junho de 1936, sob o signo de Gêmeos.
Da menina sapeca à mãe, mulher rebelde e em busca de seus sonhos... Da época do rádio até o predomínio da televisão...
A homenagem que a Rede Globo fez, em forma de minissérie, cobriu toda a vida da cantora Maysa (Matarazzo), e terminou ontem. Através dela, foi possível conhecer a presonalidade ímpar desta cantora incrível, além de obter um panorama da vida brasileira no período dos anos 50, 60 e 70.
No começo dos anos 50 a cantora ainda era uma criança, embalada pela aura das famílias tradicionais e conservadoras da alta sociedade. O comportamento das meninas devia ser “adequado”, tanto que Maysa foi enviada para um internato para ter uma educação digna de jovens de seu nível social.
Aos dezoito anos Maysa casa-se com o empresário André Matarazzo, dezessete anos mais velho que ela, e amigo de seus pais. Desta união nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, que foi criado pela avó e, posteriormente, em um colégio interno na Espanha.
Separada do marido (1959), que se opôs à sua carreira musical, e com o temperamento boêmio herdado de seu pai, namorou o compositor Ronaldo Bôscoli, o grande responsável pela inserção de Maysa na bossa-nova.
Chegam os anos 60 e, com eles, começam as mudanças. Maysa, porém, já estava adiantada há muito tempo. Não era a menina que seus pais imaginavam, mas a que ela mesma havia criado. Seguia seus sonhos e se afirmava como uma mulher independente, não recebia, ao menos, a pensão depois do divórcio, e trabalhava muito para se sustentar com sua paixão: sua música. Era incansável e sempre buscava novidades...
O recorrente uso de álcool e moderadores de apetite deixavam seu temperamento instável. Foram conhecidos os escândalos que promoveu em hotéis e aviões de diversos países. Tentou o suicídio várias vezes. A imprensa não a deixava em paz...
Foi para a Europa seguir sua carreira e fugir da fama que lhe perseguia. Encontrou um amor e por lá ficou. Voltou com o empresário Miguel Azanza (com quem foi casada por 10 anos), e os anos 70 apareceram meio de surpresa. O sucesso continuava e o país se modernizava. Era tempo do milagre econômico e as vendas de discos de Maysa se mantinham sustentáveis. No Brasil, ela abraçou de vez a carreira televisiva. Arriscou-se até em telenovelas, já famosas pela qualidade e popularidade.
Maysa interpretava de maneira muito singular, personalista, com toda a voz, sentimento e expressão. Um canto gutural, ensejando momentos de solidão e de grande expressão afetiva. Ela cantava com o coração, e com todas as suas angústias e anseios... Forte, corajosa e destemida: algumas características de Maysa exemplificavam seu jeito de ser e agir. O resultado disso é que as pessoas iam ao delírio. Maysa era sinônimo de euforia. A musa cantava e encantava...
Com o fim do segundo casamento, namorou o ator Carlos Alberto Soares e, posteriormente, o maestro Julio Medaglia.
Depois de 20 anos em conflito com seu único filho, e com a função de “mãe”, Maysa e Jayme conversam e se acertam, antes que ele embarque para a sua lua-de-mel...
Em 22 de Janeiro de 1977, um trágico acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói encerrava a carreira e o brilho da estrela. Supõe-se que o efeito de anfetaminas somado à ingestão de álcool, teria provocado o acidente de carro que a matou, quando dirigia uma Brasília azul em alta velocidade, indo para a casa de praia em Maricá, litoral fluminense, seu porto seguro...
PALAVRAS DE MAYSA:
"Acredito profundamente em Deus. Acho que existe alguma coisa além de nós e mais forte do que nós, que nos ajuda em nossa realização como pessoas humanas..."
"Minha imagem do Paraíso? Taí, nunca parei para pensar. Qualquer coisa colorida, cheia de nuvenzinhas, anjinhos, a gente pulando de uma nuvem pra outra. Um negócio assim, tipo Hollywood."
Bjôoooooo
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3 comentários:
Maysa investiu na vida e viveu sua missão de maneira brilhante.
Cadinho RoCo
Oi Cá!
Nunca comentei no seu blog, mas sempre dou uma olhadinha! Adoro! Mas com este post sobre a Maysa vc praticamente me forçou a escrever alguma coisinha hahaha amei! Achei a minissérie linda, emocionante e acho que foi uma grande oportunidade para que nós, de gerações distantes da Maysa, pudéssemos conhecer seu belo trabalho, sua personalidade forte e também os seus medos, erros e angústias.
Estou me sentindo uma órfã de Maysa hahaha!
Beijão!
Krol
Nossa Maysa é impecavel,como pode uma pessoa ser rude,muitas vezes esnobe e ironica e ainda sim ser aplaudida...só ela mesmo.
Perfeita
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